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Gonzaguinha que faria 80 anos

Publicada em: 22/09/2025 10:36 -

Um dos grandes nomes da MPB que nos deixou em 29 de abril de 1991 no acidente de carro, e hoje no dia 22 faria 80 anos, uma das vozes que deixou sua marca na Música Popular Brasileira. O Brasil perdia, então, uma de suas vozes mais queridas. Filho do pernambucano Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, Gonzaguinha foi criado no Morro do São Carlos, no Rio. Nascido em 1945, ele iniciou sua carreira musical em 1971, ao lado de Ivan Lins, Aldir Blanc e César Costa Filho, no Movimento Artístico Universitário (MAU). Nos anos seguintes, foi um dos artistas a se levantar contra a ditadura e teve mais de 50 músicas censuradas, entre elas, "Comportamento geral": "Você deve rezar pelo bem do patrão e esquecer que está desempregado".

De tão aguerrido e crítico, ganhou do mercado fonográfico o apelido de "cantor rancor". Depois, porém, foi mudando a temática de seu trabalho, com canções como "Lindo lago do amor", "O que é, o que é?" e "Explode coração", gravada por Maria Bethânia. Mas nunca abandonou sua veia de contestação. No dia 30 de abril de 1981, ele estava se apresentando no show em homenagem ao Dia do Trabalhador, no Riocentro, quando parou para avisar ao público que duas bombas haviam explodido do lado de fora. Era a noite do infame atentado no Riocentro.

 

Luiz Gonzaga: 'Minhas músicas são protestos pelo Nordeste'

 

- Eu devo dizer a vocês uma coisa que é muito importante. As pessoas organizadoras da festa me pediram. Durante o espetáculo explodiram, eu disse explodiram, duas bombas. Essas duas bombas que foram explodidas foram mais duas tentativas de acabar com essa festa, que foi conseguida! Essas duas bombas representam exatamente uma luta para destruir aquilo que todos nós queremos: uma democracia e uma liberdade! Lembrem-se muito bem disso. Depende de vocês essa festa no ano que vem. Desculpem. Desculpe, meu pai. A festa é sua.

Pai de quatro filhos de diferentes relacionamentos, Gonzaguinha tinha 45 anos de idade morava numa casa no bairro da Pampulha, Zona Norte de Belo Horizonte, quando sofreu o acidente no Paraná. Sua mulher recebeu a notícia pelo telefone,na manhã daquela segunda-feira. De acordo com pessoas próximas à família, ela foi chorar perto da piscina, para esconder seu sofrimento da filha do casal, Mariana, de 7 anos, que reagiu com uma frase poética quando soube da morte do pai.

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